por Lorena Dias
A exibição no domingo,10, no Cine SemTela apresentou uma maneira poética de se encantar com a história da Bossa Nova.
Os cinéfilos palmenses poderam conhecer grande parte dos atores sociais, inclusive aqueles escondidos nas entrelinhas da história, que não tiveram o mesmo reconhecimento que outros. E também poderam mergulhar nas composições deste gênero musical genuínamente brasileiro.
Um exemplo trazido no filme é o compositor Newton Mendonça, que foi amigo de infância de Antonio Carlos Jobim, segundo Jornal das Gravadoras, foi importantíssimo para o surgimento de um novo gênero musical que nasceria no Brasil - a Bossa Nova. Compositor, instrumentista (pianista, violonista e gaitista), mas não é conhecido e reconhecido pelo grande público.
Em meados dos anos 50, o Brasil vivia um momento de efervescência política, econômica e cultural. É neste cenário que um grupo de jovens da Zona Sul do Rio de Janeiro se reúne para promover, espontaneamente, uma revolução na música brasileira.
Sobre as famosas parcerias músicais deste momento histórico, o filme traz depoimentos que afirmam que a parceria de Tom Jobim e Vinicius de Morais representam “ quando o sagrado e o profano se fundem na música brasileira“ , ilustra.
Nara Leão teve a sua importância merecidamente lembrada, “ a Musa da Bossa Nova” proporcionou encontros fundamentais em seu apartamento que desaguaram em importantíssimas composições.
Não se poderia deixar de falar do gênio João Gilberto. Nelson Mota em depoimento no filme “ A coisa Mais Linda” afirmou que o músico era capaz de captar a essência da música com o seu ouvido absoluto e assim “ resumir em uma frase musical o minimo máximo comum da música”, explica.
A Bossa Nova chegava com sua batida diferente e letras modernas, líricas e românticas que prefiguravam um país feliz do Amor, do Sorriso e da Flor.
Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini conseguiram retratar a essência da Bossa Nova nos versos “Chora que a tristeza foge do seu olhar (...) canta que a alegria volta para o seu olhar”, e é Carlos Lyra que canta esses versos.
As histórias e casos contados por alguns de seus principais expoentes, como: Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Dick Farney, Sylvia Telles e outros.
Segundo sites de crítica especilaizada o longa-metragem, “Coisa Mais Linda”, consegue com maestria apresentar preciosas imagens da época, e oferecer um painel histórico, musical e informativo de como surgiu a Bossa Nova, até atingir seu ápice, em 1962, quando se internacionaliza definitivamente com um concerto no Carnegie Hall, em Nova York.
Seu Pedro frequentador assíduo do Quiosque do Gaucho se encantou com o filme e elogiou o trabalho do Cine SeTela, “ é muito importante nós descobrirmos a origem da nossa histórias, da história da música brasileira, pricipalmente os mais novos”, conclui.
Com a última frase do filme ecoando “ mas as coisas findas, muito mais que lindas essas sim ficam” seguimos sonhando e aguardando a música cubana do filme “ Buena Vista Social Clube’ que será exibido no próximo domingo,17.